Nos
anos 60, Truman Capote lançou o livro "À
Sangue Frio", um romance não ficcional, enfocando o caso de Dick Hickock e
Perry Smith que, em 1959, assassinaram inexplicavelmente quatro membros de uma
mesma família, chocando a opinião pública americana. Capote foi até o local e
reconstituiu, de forma precisa, todos os passos dos assassinos –
entrevistando-os na prisão e se afeiçoando a eles, segundo consta – até o
momento do cumprimento da sentença que ambos tiveram: pena de morte.
Os verdadeiros assassinos riem durante o julgamento
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Os verdadeiros assassinos riem durante o julgamento
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O
diretor Richard Brooks filmou a história em tela panorâmica em preto&branco,
com dois atores basicamente desconhecidos, Robert Blake e Scott Wilson,
pintando de forma meticulosa o retrato dos assassinos de mentes estreitas,
perdidos num mundo familiar sufocante e que cometem um crime atroz em nome de
nada. Longe de glamourizar os dois personagens, Brooks parte para a postura
política e reafirma, como já o fizera Capote em seu livro soberbo, a
bestialidade da pena de morte. Tenso e sufocante, é um dos grandes filmes
americanos da década de 60
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Coordenação
e debate por Paulo Campagnolo. No Auditório Hélio Moreira/Paço Municipal, às 20
horas, censura 16 anos. Entrada gratuita.
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