
Um passeio que vai de Montmartre coberta de neve ao ocre sertão brasileiro, dos campos de lavanda da Provence às oferendas à Iemanjá. Isabelle, dona de um estilo próprio e inconfundível, herdou do pai a sabedoria sutil de orquestrar as cores. A vivacidade de sua pintura celebra a arte como um passaporte para o prazer e a joie de vivre - que aprendeu com seu pai.
Segundo Maria Izabel Branco Ribeiro, diretora do MAB-FAAP e curadora da exposição,"As pinturas de Èmile e de Isabelle têm simultaneamente afinidades e distinções fundamentais. A manifestação de traços em comum e manutenção de peculiaridades é condição para o estabelecimento de comunicação entre ambos e de que um conteúdo resulte dessa situação".
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Nascido em Paris em 1933, Tuchband chegou ao Brasil em 1956. Trazia o diploma da escola de Belas Artes de sua cidade natal, e, apesar de muito jovem, uma experiência surpreendente: auxiliara Chagall na execução do painel do teto da Ópera de Paris. Fixou residência em Taubaté, e sem deixar de ser um pintor francês, sua pintura tornou-se também brasileira. Faleceu em São Paulo em 2006. Sua filha, Isabelle Tuchband, nasceu em 1968 na cidade de Taubaté. Estudou artes plásticas em Paris, e hoje vive e trabalha em São Paulo. A mostra "Èmille e Isabelle Tuchband", reúne cerca de 30 obras entre pinturas e cerâmicas, e será apresentada no mezanino do Museu de Arte Brasileira da FAAP, entre os dias 24 de maio a 26 de julho."