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28 março 2010

Fórum Internacional de Sustentabilidade de Manaus

O cineasta James Cameron, foi aplaudido de pé em um auditório lotado na tarde deste sábado, 27, por empresários, ambientalistas, autoridades e outros participantes do evento que discutem a importância da preservação da floresta amazônica.
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Com um discurso contundente e crítico em relação à destruição dos recursos naturais do planeta, Cameron criticou a geração de energia a partir de combustíveis fósseis, previu grandes tragédias e falou várias vezes sobre a situação dos povos indígenas do Brasil.
Afirmou que o governo brasileiro deveria reconsiderar a decisão de construir a usina hidrelétrica de Belo Monte, que vai afetar as populações ribeirinhas por causa da mudança de curso do rio Xingu, e comparou as populações indígenas da Amazônia aos Navi’s, personagens da superprodução “Avatar”, que no filme precisam combater invasores que querem exterminá-los para explorar o mineral de seu planeta.
Cameron destacou que o planeta não aguentará por muito mais tempo a forma como o homem vem avançando de maneira destruidora sobre os recursos naturais.. “Se houver um aumento de dois graus na temperatura do planeta, conforme o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) apontou para este século, pelo menos 42 espécies de plantas da floresta amazônica irão desaparecer. Além disso, os rios irão subir por causa do degelo e as comunidades ribeirinhas estarão condenadas.”
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O diretor usou uma cena de seu filme “Titanic” para explicar a urgência nas ações para salvar o meio ambiente. “Desde o momento em que o iceberg é avistado, em que eles tocam a sineta três vezes, até o momento do impacto, foram noventa segundos. Será que não estamos vivendo simbolicamente este momento dos noventa segundos? Vale lembrar que, quando o Titanic afundou, tivemos vítimas da primeira e da quarta classe. No caso do planeta, as tragédias também afetarão todos da mesma maneira.”
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Já o ambientalista francês Jean-Michel Cousteau
planeja implantar um programa educacional para os alunos da região da Amazônia que os ensine a preservar os ecossistemas da floresta.
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Para Jean-Michel, a questão ambiental deve ser tratada como um negócio. “Tudo se resume a entender melhor como trabalha a natureza. É importante ver como hoje muitos dos tomadores de decisão em todo o mundo discutem os impactos ambientais de seus projetos. Não é apenas questão de salvar árvores, mas de preservar a humanidade”.