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27 setembro 2010

A revista Poder, setembro, mostra opiniões sobre grandes temas relacionados à violência de três profissionais que lidam, cada qual à sua maneira, com o universo da criminalidade.
A advogada Flávia Rahal, a escritora Ilana Casoy e a delegada Márcia Salgado expõem suas opiniões sobre temas debatidos na campanha eleitoral.
Na reportagem de Pedro Henrique França, discutem as propostas sobre a violência no Brasil apresentadas pelos candidatos a cargos públicos. Outra análise apresentada na matéria é sobre a violência contra a mulher.
Inteligente e oportuna, vale conferir!


Eu brinco que quando vou entrevistar alguém perigoso eu vou de tênis, porque se tiver de correr eu estou melhor equipada do que com um salto oito” ...“Não é a desigualdade social que causa a criminalidade. Para mim, é a exclusão. Subi a Rocinha outro dia e foi muito impactante porque me dei conta que não é a polícia que não sobe o morro; é o Estado. Não tem Correios, lixeiro, cheira mal. Então, acho mais relevante a inclusão do que a mera condição financeira. E essa questão mexe num outro fator: a consciência dos direitos como cidadão”, Ilana Casoy .

"As cadeias são depósitos humanos. A pessoa se sente um lixo: sem trabalho, sem perspectiva, sem olhar. O olhar da sociedade é um olhar de distância. E é isso que faz tanta gente ir para a frente dos tribunais, num caso como o dos Nardoni, por exemplo, gritar “assassino”.
A cadeia não tem finalidade prática, a não ser excluir do convívio da sociedade aqueles que são perigosos”, Flávia Rahal.

Ninguém é Kate Marrone”, afirma Márcia Salgado, referindo-se à personagem Kate Mahoney, da série de TV ‘A Dama de Ouro’, por sua audácia ao combater os criminosos.
 “Eu trabalhei anos no fundão da zona leste e percebo que esse esclarecimento independe de nível financeiro. Há pessoas carentes esclarecidas sobre a sua cidadania. E isso significa que não é só a exclusão financeira que motiva a criminalidade: é a alienação cidadão..."
fotos:-Daniel Kfouri

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