A Pescaria Inesquecível
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até  quando envelhecer não se desviará dele.” (Provérbios  22:6)
           Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade  que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava  em meio a um lago. A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e  filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava  liberada.
     O menino amarrou uma isca e começou a  praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo elas se  tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago.
     Quando o caniço vergou, ele soube que havia  algo enorme do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o  garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água. Era o  maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada. O  garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras movendo para trás e  para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Pouco mais  de dez da noite… Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada.  Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino,  dizendo:
       - Você tem que devolvê-lo,  filho!
       - Mas, papai, reclamou o  menino.
       - Vai aparecer outro, insistiu o  pai.
       - Não tão grande quanto este, choramingou a  criança.
        O garoto olhou à volta do lago. Não havia  outros pescadores ou embarcações a vista. Voltou novamente o olhar para o pai.  Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era  inegociável! Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água  escura. O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu.
      Naquele momento, o menino teve certeza de que  jamais pegaria um peixe tão grande quanto aquele. Isso aconteceu há mais de 30  anos… Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido. O chalé continua lá, na ilha  em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais. Sua intuição  estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o  daquela noite.
      Porém, sempre vê o imenso peixe toda as vezes  que depara com uma questão ética.           Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é  simplesmente uma questão de CERTO e ERRADO.
      Agir corretamente, quando se está sendo  observado, é uma coisa. A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém  está nos observando. Esta conduta reta só é possível quando, desde criança,  aprendeu-se a devolver o PEIXE À ÁGUA.
      A boa educação é como uma moeda de ouro. TEM  VALOR EM TODA PARTE!
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 “Senhor, ajuda-me a ser exemplo  para meus filhos e para esta geração que está aí sem referenciais de  integridade.”
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