Por padre Orivaldo Robles
“Antes te chamem covarde do que atrevido”. Assim o pai nos ensinava a não
enfiarmos o nariz naquilo que não nos dizia respeito. Não me acusem de meter
a colher em angu alheio. Sou, parafraseando o Skank, pacato cidadão. Como
cidadão, importo-me com tudo o que diz respeito a Maringá. Tenho motivo
extra: o diploma de cidadão benemérito, que os vereadores do exercício de
1999 me concederam por unanimidade. Não o pedi nem dele sentia falta. Mas me
desvaneceu bastante recebê-lo. Não fiz grandes benemerências, porém me
preocupo com Maringá.
“Antes te chamem covarde do que atrevido”. Assim o pai nos ensinava a não
enfiarmos o nariz naquilo que não nos dizia respeito. Não me acusem de meter
a colher em angu alheio. Sou, parafraseando o Skank, pacato cidadão. Como
cidadão, importo-me com tudo o que diz respeito a Maringá. Tenho motivo
extra: o diploma de cidadão benemérito, que os vereadores do exercício de
1999 me concederam por unanimidade. Não o pedi nem dele sentia falta. Mas me
desvaneceu bastante recebê-lo. Não fiz grandes benemerências, porém me
preocupo com Maringá.
Nosso município pode ter entre nove e vinte e três vereadores. Sob pretexto
de representatividade, há uma batalha para colocar mais oito cadeiras na
Casa. Claro que 23 representam mais do que 9.
E que vereador representa os
munícipes para criar leis e fiscalizar o Executivo.
Do representante se
exige que interprete não a própria vontade, mas a dos representados.
Será que nossos edis se interessam mesmo pelo que pensam seus eleitores? Em
vez de raivosas declarações à imprensa, não seria mais democrático tentar
descobrir “os interesses do Joãozinho lá da periferia”? É realmente “mané”
quem lhes cobra índole pública mais apurada? Não é a nós que devem o cargo
que ocupam?
Está em jogo o bem-estar do município, vale dizer, de todos nós. Não importa
o número; o que não se admite é aumento de despesas. Nem transformação da
Câmara em espaço para comerciar influências e/ou esbanjar recursos que
pertencem a toda a população.
Representatividade se alcança não com quantidade grande ou pequena, mas com
qualidade dos representantes. Se são mesmo dotados da cívica abnegação que
alardeiam, por que não optam pelo número mínimo previsto na Constituição?
Por que a idéia fixa do número máximo?
Com nove vereadores íntegros, não subornáveis por interesses escusos, não
sujeitos à corrupção do dinheiro, severos no controle de gastos, capacitados
e atuantes, não estaríamos bem atendidos? Por que não admitir claramente que
alguns preferem o número de vinte e três pela chance mais larga de assegurar
sua eleição?
Nem vale argumentar que a dotação orçamentária da Câmara é fixada na
Constituição, portanto não sofrerá acréscimo. Só um debiloide ou um
loroteiro defende em público tal patranha. O atual custo do Legislativo
municipal já configura uma exorbitância.
Tivessem nossos vereadores dose maior de espírito cívico, reconheceriam
muita gordura que ainda pode ser cortada dos seus gastos. Não se justifica,
pelo que produzem, tanto dispêndio dos sofridos recursos da comunidade. E,
dada a facilidade com que se inventam furtivas emendas, não estamos livres
de novas maquiagens constitucionais como as que, vez por outra, se inserem
na Carta Magna para beneficiar detentores do poder desde Brasília até o
menor dos povoados.
Na campanha todo candidato se afirma honesto e capaz. Apresenta-se como a
melhor escolha para o eleitor. Ora, alguém perfeito assim não deve temer
disputa por 9 vagas. Se confia tanto no próprio taco, nem faz questão das 15
atuais."
de representatividade, há uma batalha para colocar mais oito cadeiras na
Casa. Claro que 23 representam mais do que 9.
E que vereador representa os
munícipes para criar leis e fiscalizar o Executivo.
Do representante se
exige que interprete não a própria vontade, mas a dos representados.
Será que nossos edis se interessam mesmo pelo que pensam seus eleitores? Em
vez de raivosas declarações à imprensa, não seria mais democrático tentar
descobrir “os interesses do Joãozinho lá da periferia”? É realmente “mané”
quem lhes cobra índole pública mais apurada? Não é a nós que devem o cargo
que ocupam?
Está em jogo o bem-estar do município, vale dizer, de todos nós. Não importa
o número; o que não se admite é aumento de despesas. Nem transformação da
Câmara em espaço para comerciar influências e/ou esbanjar recursos que
pertencem a toda a população.
Representatividade se alcança não com quantidade grande ou pequena, mas com
qualidade dos representantes. Se são mesmo dotados da cívica abnegação que
alardeiam, por que não optam pelo número mínimo previsto na Constituição?
Por que a idéia fixa do número máximo?
Com nove vereadores íntegros, não subornáveis por interesses escusos, não
sujeitos à corrupção do dinheiro, severos no controle de gastos, capacitados
e atuantes, não estaríamos bem atendidos? Por que não admitir claramente que
alguns preferem o número de vinte e três pela chance mais larga de assegurar
sua eleição?
Nem vale argumentar que a dotação orçamentária da Câmara é fixada na
Constituição, portanto não sofrerá acréscimo. Só um debiloide ou um
loroteiro defende em público tal patranha. O atual custo do Legislativo
municipal já configura uma exorbitância.
Tivessem nossos vereadores dose maior de espírito cívico, reconheceriam
muita gordura que ainda pode ser cortada dos seus gastos. Não se justifica,
pelo que produzem, tanto dispêndio dos sofridos recursos da comunidade. E,
dada a facilidade com que se inventam furtivas emendas, não estamos livres
de novas maquiagens constitucionais como as que, vez por outra, se inserem
na Carta Magna para beneficiar detentores do poder desde Brasília até o
menor dos povoados.
Na campanha todo candidato se afirma honesto e capaz. Apresenta-se como a
melhor escolha para o eleitor. Ora, alguém perfeito assim não deve temer
disputa por 9 vagas. Se confia tanto no próprio taco, nem faz questão das 15
atuais."
Nenhum comentário:
Postar um comentário