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24 fevereiro 2012

Pesquisador paranaense apresenta proposta Brasileira para Economia Verde Mundial
Durante a
"3ª Conferência Internacional de Mudanças Climáticas Globais e Gestão de Recursos Naturais",
realizada na Universidade ITM, em Gwalior, Índia, o pesquisador
 Éderson Augusto Zanetti,
 apresentou a proposta de criação de uma Plataforma de Negócios em Bens e Serviços Ambientais e Ecossistêmicos, que possibilitasse a transição das economias dos chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), para a Economia Verde.
O trabalho incluiu a demonstração do projeto Green Farm CO2FREE, que está em implantação no Mato Grosso do Sul, em área de amortecimento do Parque Nacional da Ilha Grande, no Paraná. O projeto Green Farm CO2FREE apresenta uma inovação na gestão dos espaços rurais, com práticas voltadas para o fornecimento de serviços ecossistêmicos para a sociedade. Inicialmente o projeto está trabalhando com Carbono, Água, Biodiversidade, Beleza Cênica, Habitat, Pesquisa & Desenvolvimento e Recreação. Os créditos oriundos da gestão de serviços ecossistêmicos do projeto são registrados pela Plataforma de Negócios com Bens e Serviços Ambientais e Ecossistêmicos – PNBSAE, com sede em Cuiabá, no Mato Grosso.
A PNBSAE já realizou dois pagamentos com créditos de carbono para ribeirinhos que participam do Projeto Verde Rio Etapa Rio Cuiabá, e busca agora mercados para serviços ecossistêmicos em outras partes do mundo, assim como fortalecer o posicionamento da economia brasileira, na entrada da era da Economia Verde.
Na Índia, assim como já tem feito em alguns outros países, o pesquisador apresentou a PNBSAE e um selo voltado para os BRIC. A proposta do sistema é ter adesão dos países BRIC, e com isso permitir que os créditos de serviços ecossistêmicos (carbono, água, biodiversidade e outros) gerados em um país, venham a ser aceitos pelos demais.
 Da mesma forma, produtos certificados como Bens e Serviços Ambientais - EGS (do inglês: Environmental Goods and Services), em um dos países tenham sua certificação aceita e promovida nos demais. É uma proposta voltada para promover a produção e consumo de bens e serviços que tenham qualidade ambiental comprovada, e com isso criar empregos e renda com a Economia Verde.
De acordo com as premissas do trabalho, não é suficiente que os países apresentem listas de produtos e serviços que tem caráter ambiental para participar dos programas de isenção tarifária junto a Organização Mundial do Comércio, mas antes que eles tenham comprovada a eficiência ambiental de suas cadeias produtivas. Dessa forma, cadeias produtivas e de prestação de serviço com comprovada qualidade ambiental passariam a estar aptas para participar das isenções tarifárias, pela sua contribuição para melhorar a qualidade de vida no planeta.
O principal objetivo do trabalho é valorizar a qualidade ambiental das cadeias produtivas e de prestação de serviços brasileiras. Em nenhum outro país do mundo existem tantas Unidades de Conservação como no Brasil, além das áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente das propriedades rurais, tampouco os principais competidores brasileiros possuem uma matriz energética tão limpa como a nacional, além de nossas reservas de carbono, água e biodiversidade, fundamentais para o desenvolvimento de uma Economia Verde de escala global. A proposta é uma forma de contribuir para manter e melhorar a competitividade da economia brasileira, e promover sua entrada com força nos mercados globais da Economia Verde.
Atualmente, estima-se que o valor do comércio internacional de bens e serviços ambientais ultrapasse a marca de US$ 1 trilhão / ano (1% da economia mundial – 99% de caráter não-ambiental), enquanto a perda de serviços ecossistêmicos causa perdas trilionárias para o planeta, todos os anos.
foto:-Aessessoria Comunicação

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