“A fotografia e a representação da violência”,
é a exposição armada no SESC Maringá, por Tom Lisboa, que explica...”As fotos que produzi para a 33ª Semana Literária do
SESC Paraná foram desenvolvidas racionalmente, como se estivesse seguindo um
plano. Aqui não há espaço para o acaso, assim como para contemplação das
paisagens ou admirar seres humanos em atividades cotidianas. Livros foram
cortados, queimados, reagrupados para alcançar a composição almejada. A
violência, além da temática, serviu também como ferramenta de produção
artística.
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Para homenagear o patrono do evento, Domingos
Pellegrini, optei por desenvolver “azulejos” com capas de cinco livros de sua
autoria. Entre eles estão seu livro de estreia, “O Homem Vermelho”, e a
referência à sua produção para o universo infanto-juvenil, como “A Árvore que
Dava Dinheiro”. Estes “azulejos”, ludicamente, podem ser combinados de
infinitas formas, criando novos efeitos e composições geométricas. O que vemos
é apenas uma das possibilidades deste caso. Sim, este crime não tem solução.
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Já para a obra de Rubem Fonseca, que se destacou por narrar com cinismo e distanciamento crítico os crimes, a violência e toda a tragédia social carioca, optei por fazer uma alusão mais direta às vítimas, especialmente as que habitam seus livros. Recortadas (e quase queimadas) a laser, estas “vítimas” literalmente saltaram das páginas carregando textos em seus corpos. Nesta instalação, que teve como ponto de partida “Buffo & Spallanzani”, o espectador cumpre também o papel de cúmplice em um assassinato.”
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Já para a obra de Rubem Fonseca, que se destacou por narrar com cinismo e distanciamento crítico os crimes, a violência e toda a tragédia social carioca, optei por fazer uma alusão mais direta às vítimas, especialmente as que habitam seus livros. Recortadas (e quase queimadas) a laser, estas “vítimas” literalmente saltaram das páginas carregando textos em seus corpos. Nesta instalação, que teve como ponto de partida “Buffo & Spallanzani”, o espectador cumpre também o papel de cúmplice em um assassinato.”
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