"Já
tomaram posse em Brasília os ministros que participam do troca-troca promovido,
enfim, pela presidente Dilma Rousseff. Trata-se de uma “dança dos ministros”. A
expressão usada a três por dois no noticiário político, a “dança” vem a ser um
termo pejorativo diante do que se formula nestas ocasiões, a reforma. Pois não
é que Dilma conseguiu nesta segunda mexida em 2015, superar o número de
ministros nos seus já cinco anos de exercício do poder, às reformas promovidas
pelos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, ambos
com oito anos no Palácio do Planalto.
A
presidente apresenta seu novo ministério, com troca de figuras de uma pasta
para outra, a volta de um ou outro para o setor já ocupado, promoção ao
Ministério de deputados integrantes do “baixo clero”, como os da Saúde e da
Ciência e Tecnologia. De tudo, uma observação objetiva: Ministério sem
expressão, nenhum nome capaz de merecer a expectativa positiva do povo. Ainda
que contrariada em todos os seus últimos movimentos, Dilma só reafirma pela
amostragem que não permite que surjam ou que se aproveitem nomes capazes de
ofuscar sua presença como chefe do Governo.
Tão
logo foi encerrado o que se chama de reforma ministerial, o que se viu apontado
foi a vitória do PMDB e o ressurgimento do ex-presidente Lula em alto estilo,
pois venceu uma guerra nem tão surda que travou com quem ele próprio indicara
como sua sucessora.
Os
problemas, entretanto não cessaram na semana finda. Não, mas alçaram outubro
como concorrente do mês de agosto, temor de todos, ainda que digam não serem
supersticiosos. A ameaça do impeachment persiste. É, incrível, o ex-petista
Hélio Bicudo permanece firme no seu intuito de provocar a queda de Dilma. Ainda
que seu pedido de impeachment não tenha recebido o pode da presidência da
Câmara dos Deputados, para tramitar está pronto para ir ao plenário, bastando,
como mandam os dispositivos constitucionais, um simples recurso para que o caso
tenha desfecho entre os 513 parlamentares. O caso, pois, ainda promete. A entrega
ao PMDB, de funções de importância, vide a Saúde, talvez não baste para impedir
seja a presidente defenestrada.
E
para tanto, é bom lembrar que possivelmente nesta quarta-feira, seja apreciado
no Tribunal de Contas da União o parecer do relator, ministro Augusto Nardes,
que pede a rejeição das contas do Governo Dilma do ano de 2014. Este outubro
poderá ficar na história." - jornalista Ayrton Baptista.
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