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23 julho 2009

AI AI-UI UI!

Revista Joyce Pascowitch

A nova edição da revista Joyce Pascowitch chega às bancas com uma polêmica entrevista com David Cardoso, dono de uma das maiores produtoras cinematográficas dos anos 70 e considerado o rei da pornochanchada.
Hoje, vivendo em Terenos, interior do Mato Grosso do Sul, deu uma entrevista ao jornalista Renato Fernandes e fala sobre sua rotina atual e simples, seus filmes que viraram cult aqui e no exterior, para onde já foram vendidas mais de duas dezenas, e a volta ao cinema, depois de 20 anos com um curta sobre sua infância, com censura livre.


Trechos da matéria de Renato Fernandes:
J.P: Foi o filme pornô que acabou com a pornochanchada?
DC: Em parte, sim. Pois aquele espectador que via Helena Ramos, Vera Fischer, Matilde Mastrangi, Nicole Puzzi, Zaira Bueno e Zilda Mayo apenas mostrando os seios e o bumbum passou a assistir os filmes de sexo explícito quando eles surgiram. Eu cheguei a produzir três filmes desses, nunca como ator. Um cheguei a dirigir.

J.P: E como é que você se sentiu?
DC: Muito sem graça. Sinceramente, depois que passou para isso, apesar de ter ganho dinheiro, eu parei. Mas, como cineasta, não me senti realizado. No 19 Mulheres e Um Homem o camarada podia levar a namorada. Com sexo explícito, não. O sexo explícito acabou com o glamour do cinema. Acabou.

J.P: Você teve affairs com Renatinha Mellão, Ira, Vera Fischer e hoje é casado com uma simpática professora primária daqui chamada Romilda. É mais feliz e verdadeiro com ela?
DC: Sim, até mesmo pela idade. Você já não tem mais o mesmo pique. Mas se eu tiver um convite para fazer um filme em São Paulo ou no Rio nada me detém. Sou um camarada livre. Livre de mulher, de amigos e de mim mesmo. Eu sou um cara nômade, gosto de sair.

J.P: Você fala no seu livro que é meio coelho no sexo?
DC: Sempre fui. Tenho ejaculação precoce. Muita mulher saiu insatisfeita depois de transar comigo e até hoje gosto de me masturbar.

J.P: Será que é a sua cabeça de fantasias que fez seus filmes terem tanto sucesso?
DC: Ótima pergunta. É isso! Ajudou, e muito. Eu sabia que o brasileiro queria ver e isso fazia muito sucesso. É um ponto que nunca nenhum jornalista tocou e você acertou. Eu me baseava nas minhas experiências, vendo a Gina Lollobrigida, me masturbando por ela e colocava nas telas.
foto: Jade Stickel/Revista JP
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