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05 dezembro 2011

Pai, começa o começo!
Dom Anuar Battisti -Arcebispo Maringá

“Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: `Pai, começa o começo!´. O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis...
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para `começar o começo´ era o que me dava certeza que conseguiria chegar até o último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus: `Pai, começa o começo!´. Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que o Amor Eterno de Deus nos acolhe sempre que for preciso: `Pai, começa o começo!´. (Autor desconhecido)
Ao ler esta mensagem anônima que recebi de um amigo, pensei em partilhar com você! Porque ela tem tudo a ver com o Natal. Foi Ele que começou primeiro. Obrigado amigo, por fazer entender de forma tão simples o segredo do amor do Pai Deus. Foi o nosso Pai do céu que começou a amar apaixonadamente cada um de nós que enviou o seu Filho, assumindo a nossa natureza, para romper o cascão que nos separava do infinito amor do Pai Eterno. É Ele que começou a me amar, sem que eu pedisse. Por isso hoje não tenho medo de enfrentar corajosamente os abacaxis, e descascar, tirar as cascas e máscaras que nos impedem a amar de verdade e construir entre nós relacionamentos verdadeiros. Quero que este natal seja para todos nós uma oportunidade para redescobrir na simplicidade de uma manjedoura, na frieza de um estábulo, a grandeza de nosso Deus, o calor do amor do menino de Belém, que vei o para dar a vida e a vida em abundância! Tudo começou, no começo!"
Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, ao menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas `tangerinas´ são outras. Preciso `descascar´ as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.

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